não se reprima.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Me deixa.

Tudo o que eu mais queria era que o vazio 'desgrudasse' de mim. Mas ele insistia em me sufocar, em me fazer cicatrizes que eu não sei se seria capaz de fechar algum dia. Era como se eu acordasse com pequenas fincadas que doiam o corpo inteiro, e fosse dormir do mesmo modo. Nada mudara. Me isolar no meu quartinho e ficar sozinha o dia inteiro, não adiantava em nada. Mas porque eu não mudava de atitude? Porque eu deixo que o medo, a insegurança e a incerteza tomem conta dos meus sentimentos? Porque eu não consigo me manter forte nem um mísero dia? Porque eu tinha que ser assim, tão sensível em tudo que me rodeava? Esses milhões de 'porques' invadem minha cabeça como um sentimento sem nome. Dias melhores viram, dias de mais calma, mais lucidez, dias em que eu poderei sorrir com sinceridade nos olhos. Sim, decidi me tornar forte! Sei que isso não vai mudar na velocidade em que eu espero, mas aos poucos isso me tornaria uma pessoa melhor. Me amando, eu poderia ser mais amada. Sendo mais positiva, poderia conseguir o que eu mais desejo na vida.
Sei também que é muito fácil pensar, e que no primeiro obstáculo eu vou estar me sentindo fraca novamente. Mais estou disposta a tentar. Afinal, a vista do outro lado é espetacular, não é? Que seja. Me encher de dúvidas e medos não me levaria a lugar nenhum, e eu não estava mais conseguindo contornar esses dias que estavam me fazendo perder o controle. Não gostava de perder o controle sobre tudo que eu fazia, e quase sempre,conseguia contornar todas as situações indesejadas muito bem. Mudança, essa era a palavra que eu deveria me apegar agora! Tudo isso me perturba, porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um único lugar, o mais bonito.

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